quinta-feira, 10 de novembro de 2022

LUIZ CIRILO DE SOUZA

 


Luiz Cirilo de Souza nasceu na cidade de Açu, em 21 de novembro de 1893, e faleceu em Areia Branca em24/02/1986. Muito jovem, após a morte do seu pai, tornou-se arrimo de família, por ser o mais velho, e também por sua disposição para enfrentar a luta. No final do ano de 1912, mudou-se para Mossoró, em busca de melhores condições de vida, para si, sua mãe e irmãos.

 

Em 1913, teve inicio a construção da ferrovia MOSSORÓ – PORTO FRANCO, iniciativa do empresário Vicente Saboia conhecido popularmente como Saboinha. O jovem Luiz Cirilo, não hesitou em ser um trabalhador braçal da mesma, sempre pensando no bem estar da família. Após a inauguração da Estrade de Ferro Mossoró x Porto Franco em 1915, para Luiz Cirilo, devido ao seu dinamismo, não foi difícil ingressar na nova empresa, inicialmente trabalhando na oficina em Porto Franco, e posteriormente como guindasteiro.

 

No povoado de Porto Franco, permaneceu por cerca de 26 anos, onde conheceu e casou-se com Petronila de Souza, e no inicio de 1941, mudou-se definitivamente para Areia Branca. Dessa união, nasceram 12 filhos, que o saudoso Deífilo Gurgel em seu livro Areia Branca A Terra E A Gente, na página 211, lhe atribuiu apenas 11, omitindo o nome de Luiz Cirilo Filho, que era conhecido como Lucas. Feita esta correção, ficam os mesmo na seguinte ordem:

01 – Izabel Cirilo de Souza

02 – Francisco Cirilo de Souza

03 – Antônio Cirilo de Souza

04 – Jose Cirilo de Souza

05 – João Cirilo de Souza

06 – Luiz Cirilo filho (Lucas)

07 – Maria Cirilo de Gois (Fiinha)

08 –  Maria Bernadete de Souza e Silva (Bernadete)

09 – Manoel Cirilo de Souza (Néo Cirilo)

10 – Pedro Cirilo de Souza

11 – Maria das Dores de Souza Pereira (Dorinha)

12 – Vicente Cirilo de Souza.

 

Dos 12, restam apenas Bernadete, Néo, Dorinha e Vicente. Dois fatos interessantes, sobre os filhos de Luiz Cirilo, é que até pouco tempo não sabia (e acredito que muitos) que Lucas chamava-se Luiz Cirilo Filho, e Fiinha chamava-se Maria Cirilo de Souza, posteriormente de Gois, por ter se casado com Vicente Simão de Gois, cuja marcenaria trabalhei durante certo tempo.

 

Com seu grande tino empresarial, observando o crescimento do numero de passageiros Mossoró x Porto Franco, comprou a lancha Ida, para fazer a ligação Porto Franco x Areia Branca. Pouco tempo depois, adquiria a lancha Santa Izabel, que já foram objeto de um texto no blog. Ainda em Porto Franco, Luiz Cirilo foi um dos primeiros moradores a possuir um automóvel. Um dos fatos marcante da vida de Luiz Cirilo foi à de que a população carente dos povoados de Grossos, Porto Franco, Córrego, Carro Quebrado, Gangorra e adjacências, foram transportados gratuitamente sempre quando era necessário.

 

Outro fato marcante na vida de Luiz Cirilo, foi a assistência prestada aos familiares de Lauro Monte, Humberto Mendes e Saboinha, que vieram se refugiar em Areia Branca, antes da invasão do Bando de Lampião a Mossoró, tendo sido estas famílias transportadas de Porto Franco, para as barcaças da empresa Monte & Cia., que depois passou-se a chamar Mossoró Comercial e Navegação Ltda., e que ficaram fundeadas por alguns dias na Boia de terra, em frente a praia de Upanema.

 

Sempre preocupado com o bem estar da população da cidade de Areia Branca, devido a dificuldade de consumo de agua potável, que vinha das cacimbas de Upanema, através de burros e carroças, que também já foi objeto de um texto neste blog. Em 1950, adquiriu um batelão, que transportava agua potável de Grossos para Areia Branca. E ainda pensando no social, durante a gestão do Prefeito Luiz Fausto de Medeiros, Luiz Cirilo não só doou um terreno, como também ajudou financeiramente, para que fosse criada a Escola Rural do povoado de Carro Quebrado.

 

A história do desenvolvimento de Areia Branca, de certa forma está ligada ao sucesso de Luiz Cirilo. Ainda na década de 50, ele incorporou ao sistema rodoviário, dois micro-ônibus para atender a movimentação de passageiros entre as cidades de Areia Branca, Mossoró, Assú e Macau.

 

Certa vez encontrei com ele na Praça XV no Rio de Janeiro, não recordo o ano, porém creio que foi na década de 70, acompanhado de uma jovem, e que devido ao pouco tempo de contato, não fiquei sabendo quem era, porem deduzo em minhas lembranças, que era a esposa de Vicente Cirilo.

 

Esta foi a vida de Luiz Cirilo, um exemplo a ser seguido.

FONTE – ERA UMA VEZ AREIA BRANCA


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